O Dia da Vitória — um feriado sem o qual Israel não existiria
Foto: O marechal de campo Wilhelm Keitel assina em Berlim, em 8 de maio de 1945, o ato de rendição incondicional do exército alemão

Há 80 anos terminava a Segunda Guerra Mundial na Europa. A rendição da Alemanha nazista entrou em vigor em 8 de maio às 23:01, horário da Europa Central (9 de maio às 01:01, horário de Moscou). Essas datas entraram para a história como o Dia da Vitória — 8 de maio nos países da Europa Ocidental e 9 de maio na URSS, e hoje — na Federação Russa.
A Segunda Guerra Mundial foi a mais destrutiva e sangrenta na história da humanidade. Durou de 1 de setembro de 1939 a 2 de setembro de 1945. Participaram dos combates 57 países. Segundo diferentes estimativas, o número total de mortos varia de 50 a 80 milhões de pessoas — entre militares e civis.
A União Soviética sofreu as maiores perdas — cerca de 26,6 milhões de pessoas.
Em Israel, o Dia da Vitória é comemorado com especial reverência. Mesmo antes do reconhecimento oficial, ele se tornou parte da memória nacional, e em 1996, o governo de Israel estabeleceu 9 de maio como feriado nacional.
Em várias cidades, acontecem desfiles, encontros com veteranos, concertos, cerimônias de memória. Em Netanya, está aberto o único monumento no Oriente Médio em vitória sobre a Alemanha nazista.
Desde a criação do Estado de Israel, mais de 47.000 veteranos da Segunda Guerra Mundial repatriaram-se para o país. Hoje, vivem em Israel cerca de 2.000 veteranos — originários da Rússia, Ucrânia, EUA, Reino Unido, França, África do Sul, Austrália e outros países. Todos eles são pessoas com mais de 90 anos, cujas vidas são um testemunho vivo da história.
Esta vitória não foi apenas um triunfo militar e moral sobre o nazismo, mas também um ponto de virada no destino do povo judeu: o fim do genocídio e o início do caminho para seu próprio país.
Sem essa vitória, Israel não existiria.