Israel é um país especial por muitas razões, e não é possível cobrir tudo em um artigo curto. Mas há uma característica que merece atenção especial: provavelmente é o único país do mundo para onde as pessoas se dirigem durante a guerra. Elas não o abandonam, mas sim vão para lá. Já vimos milhares de israelenses que deixaram tudo e voaram para o país para se juntar novamente às fileiras após os eventos de 7 de outubro. Mas não se trata apenas de israelenses: de janeiro a julho, cerca de 20 mil novos repatriados chegaram a Israel. Sim, apesar da guerra, apesar dos ataques de mísseis e tudo mais. Da Rússia e da França, dos EUA e da Ucrânia, do Brasil e da Argentina, da Inglaterra e de Belarus. Vinte mil homens e mulheres que transferiram o centro de suas vidas para Israel apenas desde o início de 2024. Isso não acontece por si só. É o resultado do trabalho árduo de várias organizações, uma das quais é o Departamento de Incentivo para Aliá da Organização Sionista Mundial.

Notamos que, desde o início da guerra, muitos judeus da diáspora reavaliaram sua relação com Israel. Isso foi maravilhosamente expresso pelo ator de Hollywood Michael Rapaport. Ele disse que muitos judeus sentiram algo que não haviam sentido antes: uma conexão profunda com seus irmãos e irmãs em Israel. E eles querem saber a verdade sobre Israel. Nós, em nosso departamento, nos esforçamos para trazer essa verdade a eles, mostrar a realidade israelense como ela é.

Israel é um país que enfrenta uma enorme quantidade de problemas. Mas Israel é um lar, aqui não é necessário remover quipás e mezuzás ou esconder a Estrela de Davi. Aqui, eles vão ajudá-lo em um momento difícil, e seus vizinhos serão os primeiros a vir em seu auxílio. O crescente antissemitismo no Ocidente, por um lado, e o sentimento de unidade em Israel, por outro, provam repetidamente que não temos outro país. Muitos judeus agora perceberam isso.

Como incentivar a aliá durante a guerra? Primeiramente, fazemos tudo o que é possível para que os judeus da diáspora possam conhecer e amar sua futura casa antes mesmo de se mudarem. Organizamos anualmente centenas de cursos preparatórios para repatriados em todo o mundo, onde combinamos o aprendizado do idioma com atividades de familiarização com o país – desde a cultura e culinária até tradições e sionismo. Tudo isso ajuda nossos irmãos e irmãs na diáspora a sentir uma conexão com suas raízes. Gradualmente, eles começam a entender que já estão familiarizados com Israel, compreendem o idioma, conhecem sua cultura. E quando você entende e conhece o país, especialmente as oportunidades que a aliá abre – a mudança já não parece tão assustadora.

E sim, há muitas oportunidades. Eu repito isso uma e outra vez: Israel é um país de oportunidades ilimitadas, um país onde repatriados encontraram e realizaram a si mesmos nas mais diversas áreas, tornaram-se empresários de sucesso, engenheiros, cientistas renomados, médicos, atletas olímpicos. Anualmente, enviamos dezenas de novos repatriados e veteranos da aliá para comunidades no exterior, para que eles possam falar sobre as oportunidades disponíveis para potenciais repatriados. E as pessoas como que veem a luz. Quando um piloto de helicóptero de combate ou um epidemiologista mundialmente famoso fala com judeus na França, Argentina ou Inglaterra, compartilhando sua experiência, contando sobre suas experiências – isso faz as pessoas verem Israel de uma maneira diferente.

Mesmo quando os canhões rugem, é importante continuar incentivando a aliá. O país precisa de seu povo, e também está cheio de oportunidades – é apenas necessário que os judeus ao redor do mundo saibam disso.