Por que Israel é a nação das startups
No mundo das inovações e do empreendedorismo tecnológico, Israel há muito ocupa um lugar especial. Não é por acaso que é chamado de “nação das startups”: com uma população de menos de 10 milhões de pessoas, o país está entre os três principais líderes mundiais em ecossistemas de startups, atrás apenas dos EUA e do Reino Unido. De acordo com o relatório StartupBlink 2025, Israel ocupa o 3º lugar no ranking global de países em termos de perspectivas para startups, e Tel Aviv está entre as dez cidades mais fortes do mundo (9º lugar).

Qual é o segredo do sucesso?
Os especialistas destacam vários fatores:
- Cultura de ousadia, coragem e disposição para ir contra a corrente.
- Treinamento militar em unidades tecnológicas do IDF, como a “8200”, onde são formadas habilidades únicas, procuradas no ambiente de startups.
- Uma visão internacional desde os primeiros passos – a maioria das startups israelenses são imediatamente voltadas para os mercados globais.
- Apoio do governo: subsídios da Administração de Inovação, incentivos fiscais, um sistema desenvolvido de investimentos de capital de risco e aceleradores.
Startups conhecidas em todo o mundo
Algumas empresas israelenses tornaram-se nomes familiares:
- Waze — um navegador adquirido pelo Google;
- Mobileye — sistemas para condução autônoma que se tornaram a base das tecnologias da Intel;
- Wix e Fiverr — plataformas usadas por milhões de pessoas ao redor do mundo.
Nova onda
Nos últimos anos, novos players entraram em cena:
- Wiz, focada em cibersegurança, tornou-se o maior negócio tecnológico de 2025: o Google adquiriu a empresa por $32 bilhões.
- As ecossistemas de startups em Yavne e Ashdod estão crescendo rapidamente, aumentando sua influência em mais de 100% e 46%, respectivamente.
- Entre as estrelas em ascensão estão HiBob, Cato Networks e Papaya Global, que estão entre os 25 “unicórnios” israelenses (empresas avaliadas em mais de $1 bilhão).
O rápido crescimento dos centros tecnológicos em Yavne e Ashdod — cidades que até recentemente não eram associadas ao mundo das startups — chama a atenção. De acordo com dados da StartupBlink, a atividade do ecossistema de startups em Yavne cresceu mais de duas vezes, e em Ashdod — quase 50% em apenas um ano. Isso significa não apenas um aumento no número de empresas, mas também no seu qualidade, interesse dos investidores e atenção global.
Essa dinâmica indica que o mapa de inovação de Israel está se expandindo. As startups não estão mais concentradas apenas em Tel Aviv e Haifa — o impulso tecnológico está se espalhando por todo o país, incluindo regiões que anteriormente não eram consideradas centros de alta tecnologia. Isso significa que startups e investimentos estão chegando cada vez mais a outras cidades — junto com empregos e novas perspectivas.
Um país que não perde o ritmo
Mesmo diante de uma situação geopolítica complexa, tensões internas e concorrência global, Israel mantém sua posição como um dos principais centros de inovação tecnológica do mundo. Isso não é apenas um testemunho da força do ecossistema local — é uma prova da cultura profunda de empreendedorismo, flexibilidade e aspiração ao sucesso global.
O modelo criado por Israel continua a inspirar outros países: como, em um território limitado, com falta de recursos naturais, mas com um excesso de capital humano, é possível construir um ecossistema de startups dinâmico, eficaz e sustentável, que afeta o mundo inteiro.