Testemunhas e vítimas relatam que os agressores estavam organizados em grupos, que atacavam, perseguiam e espancavam brutalmente os israelenses nas ruas, gritando slogans pró-palestinos. Eles sabiam em quais hotéis os israelenses estavam hospedados e tentaram invadi-los. Tudo isso indica que não foi um confronto de fãs de futebol, como alguns meios de comunicação tentaram apresentar, mas sim um pogrom bem planejado. Os agressores coordenaram suas ações por meio de redes sociais. Apesar dos avisos sobre possíveis incidentes, a polícia dos Países Baixos mostrou-se impotente.

À luz dos fatos recentemente revelados de que alguns oficiais da polícia dos Países Baixos expressam abertamente sua relutância em proteger objetos judaicos, citando princípios morais, surge a questão: a posição desses policiais e o pogrom ocorrido são elos de uma mesma cadeia ou, em outras palavras, dois lados da mesma moeda chamada antissemitismo? Por que os incidentes antissemitas continuam sendo silenciados, apesar das altas declarações sobre a luta contra o antissemitismo? Será que os países da Europa estão finalmente prontos para passar das palavras às ações, a fim de garantir a segurança das comunidades judaicas e dos israelenses e realmente enfrentar essa crescente ameaça?

É simbólico que isso tenha acontecido na véspera da data da Noite dos Cristais, que ocorreu de 9 para 10 de novembro de 1938 e marcou o início da perseguição em massa mais intensa aos judeus na história da humanidade.