Pessach: a liberdade que nos une
Nestes dias, o mundo judeu celebra Pessach — a festa que conta sobre um momento crucial na história judaica, quando uma nação inteira, em uma única noite, passou da escravidão para a liberdade. O Êxodo do Egito não é uma página empoeirada da história antiga, mas uma experiência viva que cada geração revive. Especialmente agora, após a tragédia de 7 de outubro de 2023, as palavras da Hagadá soam com uma nova e penetrante força.

Pessach é a pedra angular da nossa identidade. Simboliza não apenas a libertação das correntes, mas também um salto espiritual: da opressão para a autoafirmação, da escuridão para a luz. A liberdade na tradição judaica não é um conceito abstrato, mas a força vital de um povo que, ao longo de milênios, defendeu o direito ao futuro.
Quando nos reunimos para o Seder de Pessach, não apenas lembramos uma história antiga — nós a vivenciamos novamente e nos perguntamos: quais “Egitos” modernos precisamos superar hoje?
O ano de 2025 torna essa questão particularmente aguda. Após o ataque do HAMAS, que tirou 1182 vidas e deixou uma profunda cicatriz em todo o país, Israel se viu no epicentro de uma feroz campanha de deslegitimação. Desde os púlpitos da ONU até universidades e redes sociais, não cessam as tentativas de difamar o estado judeu. Na diáspora — de Paris a Nova York — os judeus novamente enfrentam acusações e ameaças.
.Mas Pessach lembra: a verdadeira liberdade começa por dentro. É a capacidade de se manter firme e fiel a si mesmo — mesmo quando parece que o mundo inteiro desabou. É a fidelidade a si mesmo, à sua história e à sua comunidade.
As tradições de Pessach nos ensinam:
Valorizar a liberdade significa não ficar em silêncio diante da mentira e da injustiça.
Ajudar o próximo significa apoiar aqueles que estão ao nosso lado, seja em Jerusalém ou a milhares de quilômetros de distância.
O Seder não é apenas uma refeição e uma oração, é um momento de união da família e da nação.
“Pessach ensina que liberdade é, acima de tudo, uma escolha. Para muitos, é a escolha de retornar a Israel, onde cada judeu encontra um lar. Nós ajudamos a dar esse passo. — diz Marina Rozenberg Koritny, chefe do Departamento de Incentivo para Aliá da Organização Sionista Mundial. — Hoje, quando os judeus da diáspora olham para Israel com preocupação e esperança, Pessach nos lembra de uma verdade importante: juntos somos mais fortes. Podemos ter visões diferentes, mas nestes dias sentimos especialmente que somos parte de uma grande família. O que nos une é o desejo comum por liberdade e dignidade. E é essa solidariedade que nos ajuda a avançar. Chag Pessach Sameach!”