O principal rabino da Grande Sinagoga de Paris – Hoje está claro que os judeus na França não têm futuro
“Hoje está claro que os judeus na França não têm futuro,” — declarou ao jornal Jerusalem Post o rabino-chefe da Grande Sinagoga de Paris, Moshe Sebbag, avaliando os resultados das eleições para a Assembleia Nacional e o surto de antissemitismo no país. — “Eu aconselho cada jovem a se mudar para Israel ou para um país mais seguro.”
Após o segundo turno das eleições, a coalizão de extrema-esquerda “Nova Frente Popular” (NPF), que inclui a organização de extrema-esquerda “França Insubmissa” (LFI), obteve o maior número de assentos (182) na Assembleia Nacional. O partido centrista do presidente Emmanuel Macron obteve 168 assentos, enquanto a direita “Reunião Nacional” conseguiu 143.
O líder da extrema-esquerda “França Insubmissa”, Jean-Luc Mélenchon, apoia o HAMAS e é conhecido por suas declarações anti-Israel e antissemitas.
Na França, vive a maior diáspora judaica da Europa, com cerca de 500.000 pessoas. Além disso, a França abriga a maior comunidade muçulmana da Europa, com 6-7 milhões de pessoas, o que representa cerca de 10% da população do país. O antissemitismo mais grosseiro e perigoso na França vem da extrema-esquerda, que não por acaso não participou da Marcha Contra o Antissemitismo em Paris, realizada em novembro de 2023, um mês após o ataque terrorista do HAMAS a Israel.
Os resultados de uma pesquisa realizada entre os judeus da França mostraram:
- 86% dos judeus na França temem se tornar vítimas de um ataque antissemita, 56% deles consideram esse medo significativo.
- Cerca de metade (44%) dos entrevistados relatou que, desde 7 de outubro, evita usar itens que identifiquem sua filiação judaica, como kipá ou estrela de Davi.
- Um em cada cinco entrevistados disse que removeu a mezuzá da porta de casa para evitar ataques.
No geral, no país:
- 76% dos franceses acreditam que existe antissemitismo no país.
- 34% têm visões antissemitas, ou seja, um em cada três franceses é antissemita.