Antissemitismo na Austrália: de casos isolados a uma norma sistêmica – WZO

Antissemitismo na Austrália: de casos isolados a uma norma sistêmica

A Austrália era considerada até recentemente um dos países mais seguros para os judeus. Hoje, vemos uma realidade diferente. Incêndios criminosos em sinagogas, ataques a restaurantes kosher, grafites de ódio nas ruas, pais com medo de enviar seus filhos para escolas judaicas. Estes não são mais casos isolados – tornaram-se o cotidiano.

A crônica dos últimos meses lê-se como um thriller criminal.

  • 6 de dezembro de 2024, Melbourne — incêndio criminoso na sinagoga Adass Israel, uma pessoa ferida, livros sagrados destruídos.
  • 17 de janeiro de 2025, Sydney — carros queimados na casa do ex-líder de uma organização judaica, com inscrições deixadas “morram judeus”.
  • 21 de janeiro de 2025, Sydney (Maroubra) — incêndio criminoso em uma creche próxima a uma escola judaica e sinagoga, paredes vandalizadas com slogans antissemitas.
  • Fevereiro de 2025, Sydney — funcionários do Liverpool Hospital gravaram e publicaram um vídeo ameaçando matar pacientes judeus.
  • 4 de julho de 2025, Melbourne — incêndio criminoso nas portas da sinagoga East Melbourne Hebrew Congregation durante a oração; cerca de 20 pessoas estavam dentro. Na mesma noite, uma multidão vandalizou o restaurante israelense Miznon no centro da cidade.
  • 3 de agosto de 2025, Sydney — marcha pela Harbour Bridge: mais de 60.000 pessoas com slogans contra Israel, bandeiras palestinas e do Hamas.
  • 11 de agosto de 2025 — o governo australiano anunciou oficialmente a decisão de reconhecer o estado palestino.
  • 24 de agosto de 2025, por toda a Austrália — marchas nacionais pela Palestina: mais de 40 manifestações nas grandes cidades: Sydney, Melbourne, Brisbane, Adelaide, etc.

Em 26 de agosto, as autoridades australianas anunciaram que os ataques antissemitas foram orquestrados pelo Irã. Canberra expulsou o embaixador iraniano e três diplomatas, fechou a embaixada em Teerã e reconheceu a Guarda Revolucionária Islâmica como uma organização terrorista. Segundo os serviços de inteligência, foi o Irã que esteve por trás dos incêndios criminosos em sinagogas e restaurantes, usando executores locais.

Entretanto, a trilha iraniana não explica o aumento geral do antissemitismo, que coincidiu com a chegada ao poder do Partido Trabalhista em maio de 2022. O primeiro-ministro Anthony Albanese e a ministra das Relações Exteriores Penny Wong repetem as mesmas palavras após cada incidente sobre tolerância zero ao ódio e antissemitismo, mas na prática não agem. Os radicais percebem isso como uma indulgência. Apesar das declarações oficiais, a realidade cotidiana permaneceu a mesma: ameaças, marchas de ódio e a sensação de que o antissemitismo na Austrália se tornou a norma.

27 Ago 2025
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