Mais de mil intelectuais da Itália assinaram uma petição contra o antissemitismo
Mais de 1.150 representantes da elite cultural e científica italiana assinaram o manifesto “Em apoio a Israel – contra a caça aos judeus”, publicado no jornal Il Riformista. Este documento, descrito pela publicação como um gesto de coragem civil “puro, firme e decisivo”, é uma resposta ao crescente pressão da retórica anti-Israel e ao surto de antissemitismo no país.

A petição foi iniciada por um grupo de intelectuais, incluindo a escritora israelense Fiamma Nirenstein. Entre os primeiros signatários está o editor-chefe do Il Riformista, Claudio Velardi, que chamou a iniciativa de “uma necessidade de defender a verdade e a dignidade contra a mentira e o ódio”.
Citações do manifesto:
“Apoiamos Israel não porque concordamos com cada uma de suas decisões políticas, mas porque nos recusamos a aceitar a caça aos judeus, que novamente se torna possível no espaço europeu”, diz o manifesto.
Os autores pedem a distinção entre crítica legítima e propaganda que mascara o ódio sob slogans de pacifismo. Eles destacam a reação pública distorcida ao massacre de 7 de outubro de 2023, perpetrado por militantes do HAMAS:
“As câmeras dos assassinos capturaram crianças sendo queimadas vivas. Foi um ato deliberado, documentado e disseminado online, para provocar admiração. E este ato ainda é justificado”.
Resposta pública e coragem cultural
A petição foi assinada por professores universitários, escritores, artistas, jornalistas e até ex-políticos. É especialmente notável a participação daqueles que nunca antes haviam falado sobre o Oriente Médio – isso dá ao documento uma força especial. Il Riformista destaca:
“Não somos apoiadores de nenhum governo. Somos aliados de Israel como povo e como nação, que existe em memória do Holocausto e em resposta a ele”.
A petição termina com as palavras:
“Quando as democracias se calam, os incitadores falam. Quando a inteligência se esconde, as multidões marchantes se sentem justificadas. Não queremos que isso se repita. Nunca mais – é agora”.
Comentário da Chefe do Departamento de Incentivo para Aliá da OSM, Marina Rozenberg-Koritny:
“Este não é apenas um ato de solidariedade. É uma manifestação de honestidade fundamental e coragem civil em dias em que ser judeu na Europa novamente se torna perigoso. Somos profundamente gratos àqueles que assinaram esta petição. Sua posição é um lembrete: defender Israel hoje é defender os próprios fundamentos do humanismo e da dignidade humana. Vemos como a sociedade europeia está sendo testada em maturidade e honestidade. Que a voz da consciência seja mais alta que os gritos de ódio”.