Jihad Acadêmico: como bilhões árabes estão moldando a pauta anti-Israel nos campi dos EUA – WZO

Jihad Acadêmico: como bilhões árabes estão moldando a pauta anti-Israel nos campi dos EUA

Quando as universidades americanas foram inundadas por protestos anti-Israel, muitos se perguntaram: de onde vem tanto ódio contra o estado judeu? Por que estudantes, que até ontem não sabiam onde fica Gaza, hoje gritam “Do rio ao mar” e exigem a destruição de Israel. De onde vem essa onda de ódio entre os jovens? A resposta não está nos eventos de 7 de outubro de 2023, mas nos bilhões de dólares que fluem há décadas dos países árabes para as universidades americanas, capturando não apenas os púlpitos nas salas de aula e os cursos, mas também as mentes da nova geração.

Palestinians Protest From Times Square to Israeli Consulate. October 13, 2023, New Yor. Photo: thenews2.com / Depositphotos.com

De acordo com um relatório da AICE, baseado em dados do Departamento de Educação dos EUA, desde 1981, os países árabes investiram $14,6 bilhões em universidades americanas — um quarto de todas as doações estrangeiras. O Catar lidera com $6,6 bilhões, seguido pela Arábia Saudita ($3,9 bilhões) e pelos EAU ($1,7 bilhão). Mas o que é alarmante é a falta de transparência: 70% dos fundos ($10,7 bilhões) foram transferidos “sem um propósito definido”. Por exemplo, a Universidade Cornell recebeu oito parcelas idênticas de $99.999.999 — também “sem propósito”. Será isso apenas altruismo?

Os fundos foram distribuídos de forma desigual. Os picos coincidiram com eventos-chave: após os ataques de 11 de setembro de 2001, os países árabes ativamente “limparam” sua imagem, e desde 2020, o fluxo aumentou. O ano de 2023, o ano do ataque do HAMAS a Israel, foi recorde: $1,5 bilhão em 12 meses, mais do que nunca.

Os líderes em doações árabes — Cornell ($2,3 bilhões), Carnegie Mellon ($1,05 bilhão), Georgetown ($1,02 bilhão), Texas A&M ($1,01 bilhão), Universidade Northwestern ($770 milhões), Colorado ($640 milhões) e Harvard ($358 milhões) — frequentemente têm filiais em Doha e outras capitais árabes. Não é surpresa que seja nessas universidades que a retórica anti-Israel floresce: professores apoiam o movimento BDS, e estudantes exigem a “libertação da Palestina” dos “ocupantes sionistas”.

Nessas universidades, os programas de estudos do Oriente Médio são sistematicamente reescritos, apresentando o conflito de forma unilateral. Israel é retratado como um “projeto colonial”, e terroristas palestinos como “lutadores pela liberdade”. Os estudantes são ensinados não história, mas ideologia, onde não há espaço para a milenar conexão dos judeus com essa terra, a agressão árabe de 1948 ou a natureza do terror do HAMAS. Em vez de fatos, há slogans sobre o “genocídio em Gaza” e “apartheid”.

Para comparação: as doações chinesas no mesmo período são muito menores, e as judaicas e israelenses — praticamente incomparáveis. O Catar sozinho investiu mais em universidades americanas do que todas as organizações judaicas do mundo. Esse dinheiro não ilumina — ele incita ódio contra a única democracia do Oriente Médio.

As consequências já são visíveis: congressistas que justificam o HAMAS, jornalistas que normalizam o terrorismo, professores que transformam palestras em comícios antissemitas. Se nada mudar, em uma década, a América terá uma geração de líderes educados com dinheiro árabe e uma ideologia anti-Israel.

Comentário da Chefe do Departamento de Incentivo para Aliá Marina Rozenberg-Koritny: 

O cinismo da situação é chocante. Regimes onde a dissidência é um crime transformaram estudantes liberais em seus porta-vozes. Aqueles que defendem os direitos LGBT e o feminismo exigem a “libertação da Palestina” e o poder dos fundamentalistas islâmicos, para quem seus valores são um pecado mortal. Bilhões árabes compraram não apenas programas, mas também a capacidade dos estudantes de pensar criticamente. 

Para a diáspora judaica, este é um sinal de alerta. Quando os campi universitários se tornam viveiros de ódio e encontram apoio na mídia, é hora de se perguntar: onde está o verdadeiro lar? Onde é o lugar onde o povo judeu pode se sentir seguro e viver de acordo com sua história e valores?

6 Set 2025
3 min read
235
Notícias

Ler mais

ONU: HAMAS não é uma organização terrorista

ONU: HAMAS não é uma organização terrorista

Photo: ocphoto / depositphotos.com   As Nações Unidas têm se mostrado extremamente confusas em suas declarações.
O Dia de Alia em Londres – um passo em direção ao lar

O Dia de Alia em Londres – um passo em direção ao lar

Em junho, em Londres, aconteceu o Dia da Aliá.
Vivian Aisen nos enviou a sua mensagem

Vivian Aisen nos enviou a sua mensagem

Vivian Aisen, diplomata israelense que esteve no Brasil em junho deste ano a convite do departamento de Idud Aliá da Organização Sionista Mundial, nos enviou a sua mensagem, com uma explicação clara e precisa dos acontecimentos do 7 de outubro.