A Universidade Judaica de Jerusalém comemorou seu centenário
Em 1º de abril de 2025, a Universidade Hebraica de Jerusalém celebrou seu centenário — um marco importante na história do renascimento judeu. Foi exatamente neste dia que, no Monte Scopus na Palestina sob mandato britânico, ocorreu a cerimônia de inauguração da primeira universidade de Eretz Israel. Esse foi um passo em direção ao futuro de Israel, dado décadas antes de sua proclamação.

Na cerimônia de abertura, milhares de pessoas se reuniram: o futuro presidente de Israel, Chaim Weizmann, o poeta Chaim Bialik, Lord Balfour, autor da famosa declaração, o rabino-chefe Abraham Kook e o comissário britânico Herbert Samuel. Eles não apenas fundaram um edifício, mas a base da vida intelectual do povo judeu. A ideia da universidade nasceu no final do século XIX nos congressos sionistas, onde sonhadores como Tzvi Hermann Shapira a viam como o coração do conhecimento em hebraico.
A jornada da universidade começou antes mesmo de sua inauguração oficial. Em 1923, Albert Einstein, um fervoroso apoiador do projeto, visitou a Palestina e deu uma palestra sobre a teoria da relatividade em um dos primeiros edifícios no Monte Scopus. Naquela época, a universidade ainda não estava em funcionamento — estava sendo preparada para o lançamento, e a visita do grande físico tornou-se um símbolo de apoio ao sonho sionista. Mais tarde, ele doou seus manuscritos, incluindo a Teoria Geral da Relatividade, para o arquivo da universidade.
Ao longo de um século, a Universidade Hebraica passou por provações que refletiram o destino do próprio Israel. Após a Guerra da Independência de 1948, o campus no Monte Scopus ficou isolado, e as aulas tiveram que ser transferidas para diferentes partes de Jerusalém. Um novo campus cresceu em Givat Ram, e após a Guerra dos Seis Dias em 1967, o Monte Scopus mais uma vez se tornou o centro da vida universitária.
Hoje, é um líder acadêmico mundial, classificado entre as cem melhores universidades do planeta pelo Ranking de Xangai. Sete laureados com o Prêmio Nobel estudaram aqui, incluindo o físico David Gross e os químicos Avram Hershko, Aaron Ciechanover e Ada Yonath — pessoas cujas descobertas mudaram a ciência. Cerca de 23 mil estudantes — de graduandos a doutorandos, incluindo estrangeiros — estudam em seus seis campi, de Jerusalém a Eilat, explorando tudo, da medicina à ecologia.
A Universidade Hebraica é mais do que uma instituição de ensino. É a encarnação da ideia sionista de que o povo judeu é capaz não apenas de sobreviver, mas também de criar para o bem do mundo. Cem anos atrás, palavras de esperança soaram em um palco simples. Hoje, elas se tornaram realidade, continuando a crescer no Monte Scopus.